O programa Sustentare completou em 2021 cinco anos de existência. Sua criação foi focada na destinação de lixo eletrônico, mas ganhou ações de cunho social ao longo do tempo. O coordenador do programa, Dionatan Aristimunha, servidor da SICDHAS, explica que, na administração direta, a adesão ao Sustentare é obrigatória. Entretanto, com o avanço das ações solidárias, ganhou a parceria de outras instituições como a Defensoria Pública, Ministério Público, prefeituras e empresas privadas. “Consolidamos uma estrutura que cuida de todos os detalhes necessários para a destinação correta, possuindo uma trilha de doação para órgãos e entidades devidamente cadastradas e homologadas pelo Comitê Deliberativo do Programa”, afirma Aristimunha.

Em 2021, 27 entidades cadastradas foram atendidas com computadores recuperados e novas parcerias com empresas privadas foram efetuadas ao longo do ano. As empresas, entre elas a Geosatis, a Coopernorte e a CCR ViaSul, se comprometeram a destinar corretamente seus resíduos.

Até meados de dezembro, já haviam sido descaracterizadas mais de 148 toneladas de resíduo eletrônico. Um dos destaques foi o trabalho desenvolvido no Colégio Pão dos Pobres que, além da doação de equipamentos, contou com 75 alunos envolvidos no aprendizado técnico da Trilha de Recondicionamento ao longo do ano. Conforme Aristimunha, o programa é transversal pois atinge o setor público, as entidades necessitadas e o sistema penal, “potencializando o retorno do material inservível a órgãos do Estado, a inicialização técnica de jovens carentes em vulnerabilidade social e ressocialização penal instruindo residentes das casas prisionais com processo básico da cadeia de reciclagem de eletroeletrônicos (com a descaracterização de equipamentos)”.

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